FELIZ 2013!

Mais um ano que se vai... Na verdade, é o tempo que desliza suavemente por entre nossos dedos e por entre as folhas e galhos das grandes árvores, deixando no ar um som inconfundível de nostalgia e saudade. Na verdade, é o tempo que corre junto das águas claras dos regatos e córregos protegidos por matas acolhedoras rumo aos grandes rios e ao mar. Na verdade, é mais um amanhecer anunciado pela algazarra dos pássaros, pelas gotinhas de orvalho que logo secarão com os primeiros raios de sol, pelo ruído intenso causado pelo atrito dos pneus dos automóveis que rodam nas avenidas e estradas deste mundo afora, pelo cheiro de café que exala do velho fogão de lenha ou da mais moderna cafeteira elétrica, e pelo movimento das pessoas, que caminham em direção a infinitos lugares e destinos, tantos quantos somos nós, habitantes deste planeta tão lindo. Não é o ano que se vai, somos nós que, traçando nosso roteiro, tecemos a teia da vida, como nos desejou ensinar há muito tempo o cacique Seattle. Somos capazes de compreender esse movimento? Seremos capazes de olhar bem dentro dos olhos de quem está do nosso lado e compreender que as coisas do mundo mudam incessantemente e esta é a lógica do próprio mundo e das pessoas? E esta lógica nos exige, cada vez mais, paciência, flexibilidade, amor e compreensão, mesmo com os que não compreendem que tudo muda e vai continuar mudando depois de ter mudado, e mais uma vez, e mais...

Assim sendo, na crista da onda, nas grimpas dos mais altos jequitibás, nas alturas das mais bonitas cachoeiras, sejam elas pequenas ou imensas, simples quedas d’água ou grandiosas cataratas, no último andar do mais alto arranha-céu que domina a paisagem urbana, ou em cima do mais alto cupinzeiro do Cerrado, vamos lançar um último olhar para o ano que se vai e saudar o ano novo que vem por aí. E, se por um instante, ficar a ideia de que o mundo parou de girar, fomos nós que piscamos e um lapso saudoso nos fez recordar toda nossa trajetória em 2012. Foi o mundo que se arrumou. Salve 2013! Feliz ano novo! Muitas frutas e muitos frutos para todos os amigos e amigas do CEA Sìtio da Pedreira! Que aconteçam muitos encontros e bons passeios em 2013!

 

 

 

 

Alunos de Pirajuba no CEA Sítio da Pedreira

Um dia claro, com sol quente alternado com muitas nuvens, anunciando chuva a qualquer momento num dezembro de pancadas fortes. No meio da manhã chegaram os alunos da Escola Municipal de Pirajuba, a Escola Municipal Lázaro Rosa Muniz. Junto com os alunos estavam o Coordenador Maurício, a professora da turma, Lea, e as animadas Rosa e Marlene.

Após a recepção, os alunos foram direto à sala de aula para uma conversa inicial sobre a programação do dia e as propostas educacionais do CEA Sítio da Pedreira. Logo a seguir, a turma ouviu as explicações sobre o sistema natural de tratamento da água dos banheiros, como funciona o tanque biosséptico, e conheceram um pouco da história da região. Ouviram explicações sobre antigas e novas tecnologias e seu impacto no meio ambiente, sobre a construção e a reforma da antiga ferrovia Mogiana e da rodovia Anhanguera, importantes vias de ligação do interior com as grandes capitais estaduais da região Sudeste e também com a capital federal, Brasília, e conheceram a biblioteca do CEA.

Em seguida, o grupo foi para a trilha, com alongamento prévio e informações sobre a vegetação, as árvores, a fauna e o clima do lugar. O conhecimento, aliado à vivência prática, estimula o aprendizado. O equilíbrio das energias pessoais em contato com a natureza ajuda na compreensão do mundo em que vivemos. No caminho, o grupo passou por duas cachoeiras e, depois de terem caminhado bastante, ficaram com muita vontade de entrar na água, mas não vieram prevenidos. Que pena! Na próxima vez poderão entrar tanto nas cachoeiras como na piscina do CEA.

Após a trilha foram recebidos com uma refeição preparada pelo Coordenador Maurício. Uma delícia!

Depois foram até o minhocário para explicações sobre a origem das rochas, a formação do solo e sua importância para a sociedade humana. Conversaram sobre a importância das minhocas e das ações de conservação ambiental para a saúde do solo e das plantas.

Pronto! Já estava na hora ir embora, e a Mara reuniu o grupo para uma história. O Renato finalizou com uma premiação aos alunos que responderam algumas questões sobre as atividades do dia.

Que bom exemplo o da prefeitura da cidade de Pirajuba, pois finalizar o ano letivo com uma viagem para os alunos é uma excelente prática educativa, além de prazerosa. Ideia da professora Lea e resultado do esforço da professora Rosidelma, responsável pela Educação no município. Que iniciativas como esta sejam repetidas sempre, por Pirajuba e por todas as cidades que acreditam na educação como força de transformação. No CEA Sítio da Pedreira estamos sempre ampliando e adequando nosso espaço e nossas atividades para receber alunos e outras pessoas interessadas em educação ambiental.

Alunos da UFTM visitam CEA Sítio da Pedreira

O Centro de Educação Ambiental Sítio da Pedreira recebeu no sábado, dia 08 de dezembro de 2012, alunos do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de Geografia. O Programa é coordenado pela professora Dra. Amanda Regina Gonçalves, que também acompanhou o grupo. No CEA, foram recebidos por Renato Muniz e Mara Maciel. Um dos objetivos do grupo era conhecer e trocar ideias sobre possibilidades da Educação Ambiental numa área natural. Outro objetivo era conversar com Renato e Mara a respeito do trabalho que desenvolvem com literatura (leitura de mundo e escrita). Antes, em sala de aula na Universidade/UFTM, os alunos leram o livro Crônicas Impertinentes, de Renato Muniz.

Um reforçado café da manhã já estava na mesa quando chegaram. Logo depois foram até a sala de aula do CEA para uma explanação sobre o lugar, ouviram explicações sobre o tanque biosséptico instalado na propriedade e conheceram a sede do CEA, onde viram uma coleção de sementes, a biblioteca e objetos antigos, típicos da região no passado. Depois, fizeram a Trilha da Pedreira. Ao retornarem da trilha participaram de uma dinâmica de sensibilização e foram conheceram o minhocário, com destaque para questões sobre conservação do solo.

A manhã foi muito bem aproveitada e os estudantes do Curso de Geografia podem ter a certeza de que o CEA Sítio da Pedreira é um parceiro interessado numa Educação Ambiental inovadora e progressista. O CEA é um local onde a teoria e a prática ambiental apresentam-se de modo crítico e construtivo.

 

Seminário em Brasília, DF

Seminário de Boas Práticas em Educação Ambiental na Agricultura Familiar

 

Mesa de abertura do Seminário

No dia 28 de novembro, Mara e eu estivemos em Brasília (DF), na abertura do Seminário de Boas Práticas em Educação Ambiental na Agricultura Familiar e no lançamento do livro "Boas Práticas em Educação Ambiental na Agricultura Familiar", com 25 experiências selecionadas, provenientes de todo o país. O evento aconteceu no auditório do IBAMA, das 16h às 21h.

A proposta do Seminário era mostrar e discutir as experiências selecionadas (as “boas práticas”), “demonstrando os diferentes aspectos e abordagens existentes neste tipo de ação,” segundo o IBAMA. Estavam presentes os expositores, representando as 25 experiências selecionadas para a publicação; representantes do MMA e suas vinculadas, SEMAS, CIEAs, membros do GT PEAAF, representantes de órgãos governamentais federais (MEC, MDA, INCRA, MAPA, etc.), universidades, institutos federais, representantes de Conselhos (CONAMA, etc.), representantes de movimentos sociais do campo (Sindicais, etc.), agentes de ATER (Assistência Técnica e Extensão Rural), dentre outros.

Para nós, do Centro de Educação Ambiental Sítio da Pedreira, foi muito importante conhecer as experiências selecionadas e poder conversar com os responsáveis por algumas delas. O que se observa é o alto grau de seriedade e envolvimento do pessoal que trabalha e vive a Educação Ambiental. Importante também é perceber o empenho do Governo com a agroecologia e a defesa da Agricultura Familiar.

O que se espera é que iniciativas semelhantes tenham continuidade no futuro. E que a Educação Ambiental seja sempre uma prática libertadora, crítica e transformadora.

 

Mara e Nilo Sérgio de Melo Diniz (Diretor do Departamento de Educação Ambiental do MMA) 

 

 Nilo Diniz (MMA) e Renato

Adriano Alex (do Acre) explica como trabalhar com a Mochila do Educador Ambiental

Mara e Eliane Beê Boldrini e seu trabalho com produtores rurais em Antonina, PR

Janailton Coutinho, da UFPI (Piauí) e Mara

Mara e Zelita Maria Santos Rocha, da Fitovida

As experiências selecionadas

Mara e Ednaldo Vieira do Nascimento (Projeto "Briquete: a lenha que brota do lixo")

Professor Gilmar (Lavras, MG), da Ecofossa e Renato

Adriano (Acre) e Renato

Plenário

Na mesa, destaque para o professor Paulo Nogueira Neto

Renato e Ednaldo, da Fundação Mata Atlântica Cearense