terça-feira, 5 de abril de 2011

Outono no CEA Sítio da Pedreira


O CEA Sítio da Pedreira esteve “de molho”, literalmente! O mês de março foi excepcional pelas águas. Em quase cem anos (desde 1914), segundo dados disponibilizados pelo professor Dr. Washington Luiz Assunção, da UFU, nunca choveu tanto na região de Uberaba, com exceção do ano de 1991, quando choveu 616 mm. Este março de 2011 bateu o recorde, foi mais chuvoso ainda! 
A cultura urbana e a vida pragmática e apressada dos tempos atuais nos desacostumaram quanto ao respeito e a compreensão dos ritmos naturais. Ao invés de aproveitarmos o tempo chuvoso para ler e conversar, duas das melhores atividades já inventadas pelos seres humanos, corremos todos feito loucos pelas ruas das cidades, enchemos as vias de veículos e não suportamos que algumas gotas de chuva molhem nossas roupas ou respinguem nos nossos cabelos. O crescimento urbano realizado para atender à lógica da especulação imobiliária e privilegiar a circulação de automóveis particulares trouxe inúmeros transtornos devido às enchentes e aos deslizamentos de terra.
As estradas de terra ficam intransitáveis, para desespero daqueles que têm que colher ou entregar produtos agrícolas no mercado. Pobres dos produtores de leite, dos transportadores, dos retireiros, dos horticultores, cuja labuta é diária, de sol a sol, ou melhor, de chuva a chuva. E não podem parar, senão as próprias cidades param também.
Diante disso, nós, do CEA Sítio da Pedreira, diminuímos nossas atividades, desaceleramos, aguardamos as águas precipitarem. Mas não ficamos parados. Nesse tempo, montamos nossa biblioteca, colocamos as estantes no lugar, arranjamos os livros nas prateleiras, ajeitamos papéis e documentos que nos darão base e sustentação para nossas atividades ao longo do ano. Aproveitamos para elaborar projetos e atividades. Também programamos um curso de Arte Ambiental, em parceria com a professora Elisa Carvalho e o site Mestre Virtual, marcado para acontecer em maio desde ano. A seguir, divulgaremos maiores detalhes, como conteúdo e metodologia.
Retornamos às nossas atividades em abril, com a nova estação, o outono tropical, com temperaturas mais amenas, chuvas mais esparsas e a perspectiva das frutas e da vida que prossegue.

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