quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Atividades de Educação Ambiental em Rifaina, SP
A Educação Ambiental é
daquelas coisas imprescindíveis, cuja necessidade nunca cessa, e que estão
sempre em transformação, assim como a própria vida. Por isso, por mais que se fale,
por mais que livros, artigos e vídeos sejam escritos e produzidos, nunca será o
suficiente, pois o processo é contínuo e a realidade muda o tempo todo. Essa é
a dinâmica da existência, da natureza, da história! Daí a importância de sempre
se dar o devido valor à Educação Ambiental.
A partir de um Projeto
desenvolvido para o Consórcio da Usina Hidrelétrica de Igarapava (UHE
Igarapava), estivemos, nos últimos dias de janeiro de 2015, na cidade de
Rifaina, norte do estado de São Paulo. Em dois dias de atividades desenvolvemos
um excelente trabalho com os professores da Escola Municipal João Etchebehere
desta cidade.
Dentre outras coisas boas
da Educação Ambiental (EA), um princípio se destaca: sua prática nunca deve vir
de fora para dentro, nem de cima para baixo, desta forma a participação, a
valorização das características do lugar, das potencialidades locais é muito
importante. E isso foi levado em consideração nas atividades realizadas em
Rifaina.
Durante os dois dias em
que lá estivemos, trabalhamos as diferentes leituras do mundo, conversamos sobre
o meio ambiente, sobre o corpo e outros aspectos pertinentes à EA. O ponto alto
foi a atividade de sensibilização conduzida pela Mara Maciel na Praça 24 de
dezembro.
Fomos muito bem
recebidos por todos. Boa participação e total envolvimento de todos na
proposta. Tudo muito certo: local adequado, infraestrutura à disposição,
professores motivados, material solicitado em ordem, ou seja, satisfação e
aproveitamento por parte de todos.
A cidade é muito
gostosa e estava muito limpa e tranquila. É um desses lugares, que ainda
existem, onde se pode caminhar despreocupadamente em calçadas seguras, silenciosas,
com muitas praças, bons restaurantes e habitado por gente boa.
Nossos agradecimentos ao pessoal do Consórcio da Usina Hidrelétrica de Igarapava e à direção da Escola Municipal João Etchebehere pelo apoio e por acreditarem na Educação Ambiental.
As fotografias abaixo
dão uma ideia do trabalho desenvolvido e da cidade.
sábado, 14 de fevereiro de 2015
Educação Ambiental e algo mais!
Se, por um lado, existem questões específicas
ligadas à educação, aos aspectos pedagógicos, à relação professor/aluno/escola,
por outro lado existem questões específicas ligadas à questão ambiental. Não vemos
como separar um do outro. Ou teremos duas educações? Uma para consumo escolar
apenas e outra para a vida, para o cotidiano?
É evidente, hoje, uma tendência
de um ensino mais integrado, holístico, voltado para o desenvolvimento do
aprender a aprender, do aprender a fazer, a ser, a conviver. Isso nos remete a uma
historinha que termina mais ou menos assim: “teoria é quando se sabe tudo e
nada funciona. Prática é quando tudo funciona e ninguém sabe por quê. Cabe a
nós decidirmos realizar a união entre teoria e prática: nada funciona e ninguém
sabe por que ou tudo funciona e todos sabem por quê.” E então?
Esse tem sido um dos dilemas da
educação ambiental. Temos aí questões que devem ser trabalhadas em sala de
aula, não importando se ensino fundamental, médio, superior ou pós-graduação,
mas tendo em vista as principais questões que dominaram o século XX e ainda dominam o século XXI: as demandas ambientais, a busca por novas atitudes de consumo, os
problemas geopolíticos mundiais e, o mais importante, a necessidade de um
sistema internacional com menos conflitos e desigualdades, as novas relações
entre o local e o global, as questões étnicas, culturais, de gênero, a
valorização da biodiversidade e a importância de se aprender a conviver com o
outro, com as diferenças.
A
formação das pessoas é uma das questões centrais de nosso tempo. Não há como
desvincular isso da preocupação com o avanço das ciências, com as inovações,
com as teorias, com a tecnologia, com o corpo. Não podemos pensar
em educação como se as pessoas fossem massa de modelar.
O papel de uma educação
realmente ambiental é unir a realidade da escola e das instituições à realidade
das casas, das cidades, das ruas, da água que nasce nos mananciais protegidos dos
capões de mata. É unir teoria e prática. Uma utopia? Que seja!
Renato e Mara: selfie em Paraty (RJ)
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