sábado, 14 de fevereiro de 2015
Educação Ambiental e algo mais!
Se, por um lado, existem questões específicas
ligadas à educação, aos aspectos pedagógicos, à relação professor/aluno/escola,
por outro lado existem questões específicas ligadas à questão ambiental. Não vemos
como separar um do outro. Ou teremos duas educações? Uma para consumo escolar
apenas e outra para a vida, para o cotidiano?
É evidente, hoje, uma tendência
de um ensino mais integrado, holístico, voltado para o desenvolvimento do
aprender a aprender, do aprender a fazer, a ser, a conviver. Isso nos remete a uma
historinha que termina mais ou menos assim: “teoria é quando se sabe tudo e
nada funciona. Prática é quando tudo funciona e ninguém sabe por quê. Cabe a
nós decidirmos realizar a união entre teoria e prática: nada funciona e ninguém
sabe por que ou tudo funciona e todos sabem por quê.” E então?
Esse tem sido um dos dilemas da
educação ambiental. Temos aí questões que devem ser trabalhadas em sala de
aula, não importando se ensino fundamental, médio, superior ou pós-graduação,
mas tendo em vista as principais questões que dominaram o século XX e ainda dominam o século XXI: as demandas ambientais, a busca por novas atitudes de consumo, os
problemas geopolíticos mundiais e, o mais importante, a necessidade de um
sistema internacional com menos conflitos e desigualdades, as novas relações
entre o local e o global, as questões étnicas, culturais, de gênero, a
valorização da biodiversidade e a importância de se aprender a conviver com o
outro, com as diferenças.
A
formação das pessoas é uma das questões centrais de nosso tempo. Não há como
desvincular isso da preocupação com o avanço das ciências, com as inovações,
com as teorias, com a tecnologia, com o corpo. Não podemos pensar
em educação como se as pessoas fossem massa de modelar.
O papel de uma educação
realmente ambiental é unir a realidade da escola e das instituições à realidade
das casas, das cidades, das ruas, da água que nasce nos mananciais protegidos dos
capões de mata. É unir teoria e prática. Uma utopia? Que seja!
Renato e Mara: selfie em Paraty (RJ)
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