quarta-feira, 18 de março de 2015

Atividades de Educação Ambiental em Conquista (MG)



 Vista de Conquista (MG)
Renato e Mara: selfie com a cidade de Conquista ao fundo

Entendemos que a Educação Ambiental é dinâmica, deve estimular o pensamento crítico, deve levar em conta as situações locais e não pode desconsiderar os avanços teóricos e toda a contribuição científica acumulada até aqui. É local e global, ao mesmo tempo, assim como é um processo individual e coletivo, embora qualitativamente diferentes. Entendemos que a Educação Ambiental deve trabalhar com a criatividade dos atores sociais envolvidos, e não deve se pautar como um receituário do que “pode ou não pode ser feito”, como se fosse um código reducionista, conservador e tecnicista. Trabalhamos com Educação Ambiental para difusão de atitudes conscientes, críticas, autônomas e transformadoras da realidade.

Desta forma, temos conduzido nossas falas e nossas práticas nos municípios e nas escolas em que desenvolvemos atividades em Educação Ambiental. Em Conquista (MG), não foi diferente neste mês de março. Nesta acolhedora cidade mineira, localizada às margens do Rio Grande, estivemos, durante dois dias, em duas escolas, trabalhando com quatro grupos de professores e alunos, de forma aberta, alegre e bastante produtiva.

Na Escola Municipal São Domingos, conversamos com cerca de 30 professores. Na concepção que consideramos mais avançada, em termos pedagógicos, a Educação Ambiental deve estar conectada com a realidade, com o mundo em que vivemos, a partir das ideias de Paulo Freire, principalmente quando ele diz que: “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”. Após minha fala inicial, sobre as questões levantadas acima, Mara discorreu sobre os cinco sentidos como elementos sensoriais que nos ajudam a fazer a leitura do mundo.

Na Escola Municipal Dr. Prado Lopes, também estivemos com cerca de 30 professores e com os alunos dos 4º e 5º anos, dos turnos matutino e vespertino, quase cem alunos, todos muito espertos e interessados nas nossas brincadeiras, nas nossas histórias e atentos ao que tínhamos a dizer a eles. Levamos à escola, painéis sobre o ambiente, sobre a dinâmica natural da Terra, sobre os ciclos da água, as rochas, a importância da conservação do solo e da preservação da água. Momentos significativos aconteceram quando passamos de mão em mão amostras de rochas para que percebessem as diferenças entre elas, quando ouviram a Mara contar a história de duas minhoquinhas e, finalmente, quando mostramos a minhocultura em caixas, como processo de diminuição e transformação de resíduos em adubo.

Foram dois dias muito bem aproveitados por todos nós. Os resultados, em termos da aprendizagem e da formação de uma visão progressista do mundo que nos cerca tem sido muito bons. A sensação que fica é a de que estamos contribuindo para que professores e alunos atuem de forma propositiva e cuidadosa, consigo e com o meio ambiente, e como leitores críticos da realidade em que vivem.

Este trabalho não teria sido possível sem o apoio do Consórcio da Usina Hidrelétrica de Igarapava.






















 

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns pelo trabalho. Estamos aprendendo muito com vocês. Obrigada!
Joelma